HISTÓRIA DO LIVRO

A HISTÓRIA DO LIVRO A BÍBLIA E OS ANIMAIS



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Havia uma encantadora residência, próxima a uma grande área verde, onde por consequência, muitos animais eram abandonados. A grande maioria destas histórias de abandono, não há como se saber do desfecho de seus protagonistas, mas a de alguns, foram vivenciadas de todo o coração e decisivas para esta obra literária acontecer.
O primeiro grande personagem a conduzir o nascimento deste livro foi um gatinho de pelo branco e curto, com uma pinta em forma de coração bem no meio de seus olhos verdes, e um rabo enorme, semelhante a um espanador de pó!
Ao adotarem este lindo e pequenino ser, aquela família nunca mais seria a mesma...
Sem muita criatividade lhe chamaram de Mitch, que é um lindo nome, mas mais comum que este, só se o nome escolhido fosse Miau!
Mitch mostrou ser um filhote forte, corajoso e completamente sem noção! À noite quando saia, ou durante o dia, pois tinha tanta energia que parecia nunca dormir, quando retornava, quase sempre voltava ferido! E segundo o ótimo veterinário que já atendia as nossas duas cachorrinhas, eram agressões humanas, onde algumas puderam ser testemunhadas!!!
- Corte de faca;
- Pedrada;
- Tentativa de envenenamento;
- Sujo de graxa e produtos químicos;
- Quedas em fugas mirabolantes, de árvores, telhados e até em bueiros de esgoto cloacal!
E, eventualmente, ferimentos de briga com outros animais...
Claro que nestes primeiros meses de vida ele também tinha de fugir de gatos machos, que já pressentiam, um poderoso animal estava para assumir o pedaço!!!
Para complicar ainda mais, esta personalidade estonteante foi reforçada por Poposa, que era a nova mamãe de Mitch, uma de nossas cachorrinhas, que sempre se portou como uma gata!  Tal o Mitch, já pulara de carros em movimento, de sacadas e, agora, ficava chorando por não conseguir acompanhar e proteger seu "filhinho".
Assim como em relação à Poposa, o Mitch teria de ser tolido quanto ao direito de ir e vir, que na verdade, a muito os animais de todas as espécies não o têm! Aliás, nem direito à Vida, junto a homens malvados.
Ética e sobrevivência; princípios e necessidades... Que fazer?
Assim como junto a nossa sociedade, todas as decisões implicam em consequências, mesmo quando decidimos por não agir, isto passa a fazer parte de um movimento maior.
Não é diferente em nada o mundo das outras espécies, principalmente se abordarmos esta questão junto à micro vida da Terra, estes percussores que em plena atividade, de acordo com o ph terreno, decidem quais espécies irão continuar a povoar este planeta...
Abordo no livro A Bíblia e Os Animais esta questão falando da família cianobactéria, seres maravilhosos, aliados da vida e tudo que há.
Portanto, após meditar e filosofar a existência, a grande questão premente, no momento daquela família, era a possível castração do Mitch!
Consternados diante de uma realidade pragmática que é a situação dos animais em uma sociedade dominada pela ignorância e o egoísmo, não conseguiam admitir que para outros não mutilarem o Mitch, Eles é que o deveriam fazer. Ou por outro lado, haveria algo mais importante do que a vida dele? Realmente só gatos castrados conseguem ter uma sobrevida neste mundo?
Optaram por dar um tempo, Mitch sequer completara um aninho, quem sabe com o passar do tempo ele ficasse mais cuidadoso e temeroso...
Agora vamos falar um pouco sobre a inusitada dieta do voluntarioso e determinado Mitch, que crescia a olhos vistos, e se transformava em um gato fora do comum! Todos diziam que ele não era um gato normal, mas sim um gato selvagem... Como a família era ligada à comida natural, Mitch também. Apesar de comer carne, e crua, esta sempre era misturada à trigo germinado e farelo de arroz fresquinho, pois vinha direto do moinho e era guardado no freezer. Para acompanhar tinha abacate bem maduro, aliás, primeiro ele comia o abacate, mesmo que junto fossem servidas lasquinhas de picanha e é claro uma boa ração para complementar. Gostava de frutas e tinha fome de bola. Sim, ele era goleiro, e dos bons, era muito legal jogar com ele. Fora de nossas vistas, sempre encontrávamos vestígios de que muitos animais faziam parte de sua dieta, e eram caçados na área verde que ficava próxima a residência.
Tudo com o Mitch era forte intenso, pois ele sempre foi assim!
Vou transcrever um texto do livro "Fifi Uma História de Amor", onde descrevo uma revoada de milhares de morcegos, que todos tiveram o privilégio de paralisados, literalmente, acompanhar. Acreditem, foi a única vez que Mitch ficou quietinho, e admirado, simplesmente olhou!
"...como cães guia, fiéis como todos os cães, passarinhos em galhos de plantas cheirosas, gatos, bichos peçonhentos, gambás, ratinhos, sapos e morcegos. Ah, os morcegos, que eu tive a oportunidade de os ver ao abrir a porta de casa, em plena cidade durante um amanhecer. Eram milhares de morcegos, na mais incrível revoada que se possa imaginar; e eles pareciam vir como lanças em nossa direção, enquanto ainda estática segurava a porta entreaberta; e faziam zum e zum, num farfalhar deslumbrante, e em  torpor me encontrei. Encantada tive a coragem de ir lá fora, e eles surgiam de todos os lados num alarido estranho, asas batendo em rasantes que se desviavam de mim, e da direita, onde todos se reuniam, e em bandos,  cada bando então voava em direção ao Cristo Luz, a esquerda, onde ficam montes com matas preservadas... Meu Deus que privilégio! Feche os olhos, e imagine-se abrindo a porta de sua casa no raiar do dia e ver milhares de morcegos e no meio deles se sentir voar, e então você poderá entender...Não menos privilégio eu tinha com os serzinhos que agora moravam no meu quarto; o Mitch neste amanhecer especial, talvez até tivesse tentado pegar algum destes “pássaros”, deve ter pensado que tudo seria para ele, mas eram tantos, tudo tão lindo, que tudo que ele fez, foi admirar..."
Passaram-se quase três anos e Mitch firmou seu jeito de ser e de mandar. Nada o intimidava. Com os cães, enfrentava, e quando a matilha se reunia para dar-lhe um corretivo, corria, mais que todos, pois seu porte era de um gato selvagem e sua personalidade, soberana, sabia a hora de atacar e como bom estrategista, a hora de recuar. Os cavalos que vinham pastar junto às matas, igualmente tinham a sua sujeição confirmada diante das investidas deste felino controlador. Quando ficava dois ou três dias sem aparecer, vinha-lhes novamente a questão da castração à mente. No entanto, um dia, passaram-se mais de 3 dias e antes de lastimar, Cristina foi procurar o gato destemido. Foram dias procurando, e às vezes passava por locais onde parecia escutar seu chamado. Crianças lhes deram notícias, mas nada que levasse de fato a ele. Quando um dia batendo em uma casa um rapaz com olhar malvado disse que este gato, por quem ela procurava, costumava atacar os seus cachorros, maltratava seus animais, e que alguém deveria ter dado uma paulada nele; e a olhou com um olhar de morte. E quando ela viu este olhar tão mortal e cheio de ódio, pela primeira vez pode entender por que  Jesus veio em forma de homem e o Espírito de Deus em forma de um animal!
   
CONTINUA...                                  
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Tenham uma boa leitura


Fiquem com Deus!

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